Entre 1866 e 1867, na Alemanha (Stone, 1993), o químico de nacionalidade russa Alexander Saytzeff Rayton,1986) sintetizou o dimetilsulfóxido (DMSO),produzido pela oxidação do dimetilsulfureto, proveniente de alguns processos biológicos naturais, inclusive no repolho. Saytzeff descreveu sua notável capacidade como solvente em altas temperaturas, a qual foi industrialmente utilizada a partir da década de quarenta e como suplemento alimentar.
No início de 1960, o DMSO foi introduzido como substância medicinal também (Briton, 1982; Brayton, 1986). O DMSO tem ação anti-inflamatória e age como antioxidante (eliminador de radicais livres que se agregam no local da lesão). Foi também, o primeiro anti-inflamatório não-esteróide descoberto desde a aspirina.
Pesquisas feitas pelo Centro de Medicina Preventiva de Atlanta, EUA tem utilizado o DMSO efetivamento há mais de uma década. Evidenciando a ação efetiva em diferentes tipos de condições inflamatórias como artrite reumatóide, inflamação na coluna lombar, e artrite das articulações
No entanto, o DMSO não tem ação somente na inflamação mas em outras complicações que afetam a saúde como na pele (tecido conectivo), sistema neurológico, na bacterióstase, diurese, aumento da efetividade de outras medicações, resistência à infecções, vasodilatador, no relaxamento muscular, aumento da função celular, influência sobre o colesterol sérico, efeito radioprotetor e proteção contra lesões isquêmicas (AVC isquêmico).
Tem ação também na Esclerodermia (doença rara resultante de crescimento anormal de colágeno dentro do organismo), artrite, trauma do sistema nervoso central (diminui a pressão intracraniana no traumatismo crânio encefálico), atua como relaxante muscular, estabiliza a pressão arterial, dor, pequenos cortes e queimaduras graves (reconstruindo tecidos lesados). Um estudo mostrou que o DMSO pode retardar a velocidade de difusão do câncer, prologar a sobrevida e potencializa os efeitos quimioterápicos.
Outro estudo feito em 1996 demonstrou a ação do DMSO sobre a resistência de antibióticos em bactérias, agindo como fator que diminui a resistência de certas bactérias.
Já foram verificadas acima de trinta propriedades farmacológicas e terapêuticas do DMSO as quais resultam da sua capacidade de interagir ou combinar com ácidos nucléicos,carboidratos, lipídeos, proteínas e muitas drogas sem alterar de forma irreversível a configuração molecular (Sojka et al. 1990).A via de administração mais eficiente se dá por via endovenosa.
Para mais informações sobre medicina ortomolecular e o uso de DMSO fique a vontade em ligar para 43-33238744 (Londrina) ou 21-34398999 (Rio de Janeiro).
Leitura Complementar:
1. M. Walker. DMSO: nature's healer. 1993.
2. ADAMSON, J E., HORTON, C.E., CRAWFORD, H.H., AYERS JR., W. T. The effects of dimethyl sulfoxide on the experimental pedicle flap: a preliminary report. Plast. Reconst. Surg. v. 37, p. 105-110, 1966.
3. GORDON, D.M., KLEBERGER, K.E. The effect of dimethyl sulfoxide (DMSO) on animal and human eyes. Arch Ophthal. v. 79, p.423-427, 1968.
4. HAIGLER, H.J., SPRING, D.D. Comparison of the effects of dimethyl sulfoxide and morphine. Ann. N.Y. Acad. Sci. v.411, p.19-27, 1983.
Produzido por:
Andrea Nunes Higashi
Coordenadora de Educação e Pesquisa Clínica Higashi – Ortomolecular e Nutrologia