"O cérebro humano consiste em cerca de 100 bilhões de neurônios e, uma vez danificados, não existe posibilidade de regeneração." Até pouco tempo, acreditava-se neste velho conceito, mas a capacidade do cérebro em mudar, se adaptar e se recuperar já foi comprovada e é chamada de neuroplasticidade. Hoje, sabe-se que o cérebro pode ser estimulado através de dieta, atividade física e estilo de vida.
Os problemas relacionados às doenças cerebrais são tantos e tão assustadores, que dados mostram que os custos atuais nos Estados Unidos relacionados a doenças neurodegenerativas estão estimados em mais de 159 bilhões de dólares ao ano e, com o envelhecimento da população espera-se que haja um aumento em torno de 80% em 2040. Com 5,4 milhões de norte-americanos com a Doença de Alzheimer – uma em cada oito pessoas com idade acima de 65 anos – pode-se afirmar que estamos atingindo proporções epidêmicas. Nos próximos 20 anos, a previsão é de que o Alzheimer afete um em cada quatro americanos, tornando-se tão prevalente quanto à obesidade e o diabetes. A cura para essa doença ainda não é conhecida, porém, pesquisas mostram que pode ser prevenida.
Prevenção com Ômega-3
O índice de atrofia cerebral (isto é, a redução do tamanho do cérebro) aumenta com a idade e é a principal causa de redução da capacidade cerebral (declínio cognitivo) e morte prematura.
Mesmo que um adulto esteja completamente saudável, ele pode estar perdendo até 0,4% de sua massa cerebral por ano. Além disso, a atrofia de regiões cerebais específicas está associada a problemas como a atrofia do lobo temporal que representa 81% de aumento do risco de depressão.
Um número cada vez maior de neurocientistas acredita que a atrofia cerebral pode ser previnida, diminuída ou até revertida através de hábitos saudáveis e uso de suplementos. Isso porque, descobriu-se, por exemplo, que condições cardiovasculares, diabetes, problema de sono, distúrbio de ansiedade e alimentação podem estar associados à ela. Pesquisas recentes posibilitaram a melhor compreensão da capacidade do ômega – 3 em suspender o declínio da capacidade cerebral, relacionada à idade e doenças.
Os ácidos graxos ômega – 3 fazem parte de uma grande porção das membranas cerebrais onde exercem uma série de funções como melhorar a permeabilidade das membranas celulares (melhorando a nutrição celular), ação anti-inflamatória e proteção das células dos efeitos lesivos do estresse (níveis elevados de cortisol). De fato, 30 a 50% dos ácidos graxos das membranas dos neurônios são constituídos pelos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa que inclui o grupo ômega – 3, em especial o DHA que deriva, em sua maioria, de dieta ou suplementação. Com o avançar da idade, o teor de ômega – 3 nas membranas celulares, em áreas essenciais de processamento da memória, diminui, o que faz com que os cientistas acreditem que essa diminuição seja uma das causas do declínio cognitivo normal em doenças crônicas como Alzheimer.
Uma pesquisa publicada pela revista Neurology , da Academia Americana de Neurologia, relacionou níveis mais elevados de ômega – 3 a um maior volume cerebral em idades avançadas. Os pesquisadores analizaram os níveis de ácidos graxos ômega – 3 EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosaexaenoico) no sangue de mulheres que fizeram parte do Estudo de Memória da Iniciativa da Saúde da Mulher (Wowen's Health Iniative Memory Study), do instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. As participantes da pesquisa, com idade média de 78 anos, fizeram ressonância magnética para medir o volume do cérebro oito anos após o início do estudo. Como resultado, um volume cerebral de 0,7% maior correspondeu aquelas mulheres que apresentavem o dobro de ômega – 3 no sangue, além de volume 2,7 % maior no hicampo, área considerada de extrema importância no armazenamento da memória e que sofre atrofia com a idade.
"Níveis mais elevados de ômega – 3 podem ser conseguidos através de dieta e/ou uso de suplementos, e os resultados sugerem que o efeito sobre o volume do cérebro é o equivalente a retardar o envelhecimento das células cerebais por alguns anos. ", explica James V. Pottala, autor do estudo da Universidade de Dakota do Sul, Minnesota. Outro estudo recente confirmou essa mesma descoberta.
Um novo achado interessante é que a suplementação do ômega – 3 também ajuda na formação do cérebro. Um grande estudo publicado na revista Lancet, mediante análise da dieta de 12 mil mulheres grávidas, concluiu que os filhos de mulheres que consumiram mais ômega – 3 foram 52% mais propensos a ter maior pontuação em testes de Quoeficiente de Inteligência (QI) aos 4 anos de idade. Os ácidos graxos ômega – 3 DHA e EPA desempenham papel importante na construção do cérebro e trabalhos como esse tem mostrado a capacidade dessa substância de gerar crianças mais inteligentes, isto é, com um cérebro mais saudável.
O deficit de ômega – 3 na infância tem ido associado à maturação cerebral prejudicada e disfunções cognitivas, especialmente manifestado em maior risco de deficit de atenção e/ou hiperatividade, entre outros distúrbios comportamentais. Na vida adulta, a diminuição nos níveis de ômega – 3 pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade, depressão, agressividade, demência, além de outras condições de saúde mental e até mesmo criminais.
As modificações geradas pela deficiência nos níveis de ômega – 3 estão sendo revertidas com sucesso em experimentos realizados por cientistas. Se comprovou este fenômeno em camundongos jovens suplementados com ômega – 3 que mostraram aumento da plasticidade em suas células cerebrais com revigorado desenvolvimento das sinapses (zonas de contato entre os neurônios). Já em camundongos idosos, a suplementação resultou em reversão das mudanças neuronais relacionadas à idade , mantendo a aprendizagem e a memória devido aos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios dos ácidos graxos.
O Açúcar e o Cérebro
Você já ouviu falar em Diabetes tipo 3?
David Perlmutter, renomado neurologista americano e autor de vários livros, incluindo o popular "Grain Brain, e membro do American collage of Nutrition, compartilha a opinião de que o papel da nutrição na saúde do cérebro é essencial. Em seus livros, Perlmutter avalia que a Doença de Alzheimer é evitável e que os principais vilões são os carboidratos e o açúcar consumido ao longo da vida, destacando ainda que a sensibilidade ao glúten, proteína encontrada nos cereais que afeta o intestino, está envolvida nas doenças crônicas, incluindo as que afetam o cérebro devido à influência exercida no sistema imunológico.
A glicemia de jejum e o marcador de açúcar no sangue de longo prazo chamado hemoglobina glicosilada são preditores da Doença de Alzheimer, explica Perlmutter. Existe uma correlação muito direta entre maiores níveis de açúcar no sangue e a doença, ou seja, quanto mais açúcar no sangue, maior o risco de encolhimento do centro de memória, marca principal da doença, e a velocidade com que o cérebro diminui de volume está correlacionada à hemoglobina glicosilada (exame de controle da diabetes). A notícia boa é que esses fatores são perfeitamente controláveis através de mudança alimentar – controlando-se a quantidade de carboidratos, de calorias (quantidade total ingerida) e aumentando o consumo de gorduras saudáveis – e a prática de exercício físico. A neuroplasticidade cerebral é importante, fazendo com que a regeneração cerebral seja uma realidade.
Manter os níveis de açúcar controlados permite a redução da ação dos genes que expressam inflamação, aumentando a produção de antioxidante, e , através da neurogênese, permite a regeneração das células do centro da memória e promoção da conectividade.
Recentemente, o anúncio de que a Doença de Alzheimer possa ser o estágio final no cérebro do Diabetes tipo 2, surpreendeu a todos. Na verdade, medicos e cientistas já estavam investigando está hipotese a alguns anos. Em 2005, a Doença de Alzheimer foi inicalmente denominada de "diabetes tipo 3". A resistência à insulina (necessidade de qauntidade cada vez maior de insulina para manter o nível normal de açúcar no sangue), marca registrada do diabetes tipo 2, também pode levar a problemas cognitivos como perda da memória e confusão mental. Estudo realizado pelo grupo de pesquisadores liderado pela Dra. Sussanne de La Monte, da Universidade de Brown, dos Estados Unidos, identificou uma razão pela qual as pessoas com diabetes tipo 2 apresentam maior risco em desenvolver a doença de Alzheimer: o hipocampo, responsável pela aprendizagem e a memória, parece ser insensível à insulina, o que leva a crer que o cérebro também pode ser diabético assim como o fígado, os músculos e as células de gordura. A sugestão de que a Doença de Alzheimer possa ser causada por uma espécie de "diabetes do cérebro"conduz a interpretação de que problemas de memória que muitas vezes acompanham o diabetes tipo 2 sejam, de fato, o estágio inicial do Alzheimer e não um mero declínio cognitivo. Recebendo uma dieta elaborada para induzir ao diabetes tipo 2, os ratos estudados tiveram seus cérebros preenchidos com placas insolúveis das proteínas beta-amilóide e tau, uma das marcas registradas do alzheimer. A novidade é que, talvez não sejam as placas em si que causem os sintomas da doença, e sim seus precursores chamados oligômeros. Dessa forma, as placas seriam a maneira do cérebro em tentar isolar os oligômeros tóxicos, ou seja, seria uma defesa e não a real causa da doença. Os testes em ratos mostraram que, os que foram alimentados com dieta rica em açúcar, para induzir-lhes a diabetes tipo 2, tiveram memória mais fraca do que os outros.
Acompanhando o progresso do envelhecimento de mais de 15 mil adultos de meia-idade durante 26 anos, com avaliações da função cognitiva de três em três anos, concluíu-se que houve um declínio das funções cognitivas em 19% a mais do que o normal já esperado em participantes com diabetes mal controlado, e quedas menores em participantes com diabetes controlado e pré-diabetes. O desenrolar do estudo ressalta a importancia da combinação de controle de peso atráves da dieta e prática de exercícios para que o diabetes seja previnido.
"Se nós podemos fazer um trabalho melhor na prevenção e controle do diabetes, podemos amenizar a progressão para demência em muitas pessoas", afirma Selvin, uma das autoras do estudo "Diabetes in Midlife linked to Significant Cognitive Decline 20 Years Later".
Outro estudo que avaliou essa relação entre diabetes e demência, comandado pelo Dr. Nick Bryan, professor de radiologia da Universodade de Perleman – Escola de Medicina da Pensilvânia, na Filadélfia, utilizou exame de ressônancia magnética de imagem e observou o cérebro de 614 pessoas com diabetes tipo 2 há pelo menos 10 anos. Notou-se um encolhimento do cérebro que, segundo Bryan, pode estar relacionado com a forma como o açúcar é utilizado nele. A maior parte da perda de volume ocorreu na matéria cinzenta, além de áreas envolvidas no controle muscular, visão, audição, memória, emoções, fala, tomada de decisão e auto controle .O estudo em questão não prova que o diabetes tipo 2 seja a causa da atrofia do cérebo ,apenas encontra uma relação entre a doença e uma maior ,e mais rápida perda de volume cerebral .Segundo os pesquisadores ,pode haver duas maneiras de o diabetes afetar o cérebro : Danos nos vasos sanguíneos e degeneração das células cerebrais .
De acordo com associação Americana de diabetes ,quase 26 milhões de pessoa nos Estados Unidos tem diabetes tipo 2. O Dr. Sourel Najjar ,diretor de neurociência e acidente vascular cerebral no Hospital universidade de Staten Island, em nova Iorque Salienta : "Dado o crescente problema de saúde pública de diabetes tipo 2 ,os resultados desta pesquisa são muitos importantes ,uma vez que ligar a diabetes diretamente á atrofia do cérebro ressalta a importância da prevenção primaria e tratamento e tratamento precoce da doença na redução da demência ,particularmente na população ,mais idosa "
A correlação entre o coração e o cérebro
Doença cardiovascular saúde cerebral
Apesar de pouco difundida ,há uma forte correlação entre a doença cardiovascular e atrofia cerebral , e talvez essa ligação se faça mas óbvia entre as doenças dos vasos sanguíneos (Arteriosclerose)e o volume cerebral .A Arterioesclerose ocorre quando placas de gorduras se acumulam dentro das artérias restringindo o fluxo de sangue na área comprometida .
Embora pensamos tipicamente no efeito negativo da doença no coração, causando angina e enfarte no miocárdio, o seu efeito sobre o cérebro pode ser igualmente devastador.
Quando o fluxo de sangue para o cérebro é restrito , há menor oferta de oxigênio e nutrientes e isso implica diretamente na redução .Estudos mostram que pessoas com níveis mais baixos de fluxo sangüíneo para o cérebro têm mais atrofia cerebral e menor espessura total do córtex (a camada superficial ativa do cérebro ),resultando em pior desempenho nos testes de função cognitiva .Quando comparados aos pacientes saudáveis (controles),os pacientes com doença arterial coronariana tiverem o volume , significativamente menor de substâncias cinzenta em varias regiões do cérebro . A relação entre as doenças cardiovasculares e o volume do cérebro funciona em ambas as direções : Pessoas com atrofia cerebral possuem um aumento de 58% de risco de morte multicausal ,69%de risco de morte vascular e 96% de aumento de risco de acidente vascular cerebral em comparação com indivíduos que possuem volume cerebral normal .
Todas as alterações referentes aos hábitos alimentares ,uso de suplementos e atividades físicas que ajudem o coração, previnem também a arteriosclerose e irão, ao mesmo tempo ,prevenir o envelhecimento do cérebro .
Homocisteína ,vilã pouco conhecida
Os altos níveis do aminoácido homocisteina (produzido na metabolização do aminoácido essencial metionina ),estão tipicamente associado a doença do coração por serem causadores de arteriosclerose e também já estão relacionados a redução do volume cerebral ( independente do seu impacto na doença cardiovascular ).Estudos mostraram que pessoas com níveis elevados de homocisteina têm um menor volume de massa cinzenta no cérebro e ,como resultado ,apresentam piores pontuações em muito testes de função cognitiva, isso foi especialmente evidente em estudos de um grupo de pessoas que recentemente sofreram acidentes vasculares cerebrais .
Os investigadores descobriram aquelas com níveis mais elevados do homocisteína apresentaram um enorme aumento de 8,8 vezes no risco de encolhimento do cérebro ,em comparação com aquelas que possuíam níveis mais baixos
Outros estudos demonstraram que quanto maior o nivél de homocisteina no plasma ,maior será a taxa de atrofia do cérebro e do risco para doenças Parkinson e de Alzheimer .A deficiência de vitaminas do complexo B também foi relacionada ao encolhimento do cérebro .Isso faz sentido ,já que quantidades adequadas de vitaminas B6,B12 e ácido fólico levam á redução dos níveis elevados de homocisteína em outros metabólicos e, quando há uma carência de vitaminas do complexo B, esse processo de conversão não é tão eficiente, aumentando assim os seus níveis embora cada uma das vitaminas do complexo B ofereça seus próprios benefícios , vários estudos recentes mostram porque é importante suplementar com uma combinação de ácido fólico ,vitamina B6 e vitamina B12 , o que foi claramente visto em um ensaio clínico duplo-cego , controlado por placebo em adultos com mais de 70 anos de idade que tinham leve prejuízo cognitivo. No estudo , um grupo tomou folato, vitamina B12, e vitamina B6 , enquanto o outro grupo tomou placebo doença de Alzheimer são especialmente bem protegidas pelo mesmo regime de vitaminas B, descobriu que pacientes suplementados apresentando maior redução da atrofia destas áreas .Outro estudo ,utilizando as mesmas doses de vitaminas do complexo B ,descobriu que pacientes suplementados tinham em média 30% mais lentas de declínio cognitivo .Aqui esta outro exemplo da " janela terapêutica de oportunidade " pelo qual a atrofia cerebral pode ser evitada com o uso adequado de suplementos .
Cuidado com a gordura trans
UM NOVO ESTUDO APRESENTANDO NA REUNIÃO DA 'AMERICAN HEART ASSOCIATION 'ALERTA:A GORDURA TRANS NÃO É APENAS RUIM PARA O CORAÇÃO , MAS TAMBEM PARA O CEREBRO.
A pesquisa constata que as gorduras trans estão correlacionadas com pior desempenho em testes de memória em homens jovens e de meia-idade .Os resultados mostraram que os homens que comeram maior quantidade dessas gorduras lembraram cerca o cérebro." de 10% menos palavras do que aqueles que comeram menos .Segundo autora do estudo ,Dra. Beatrice Golomb , as gorduras trans afetam a memória por gerarem estresse oxidativo e inflamação no cérebro."o hipocampo é uma área do cérebro fortemente envolvida na memória " ,diz ela. Esse estresse pode dificulta a função dos vasos sanguíneos ,levando ao fluxo de sangue e energia celular inadequados, o que por sua vez ,leva á disfunção e morte celular ."A morte celular desencadeia a inflamação ,que também está ligada função cognitiva prejudicada ,o que promove ainda mais o estresse oxidativo ",afirma Golomb.
Segundo Dr.Perlmultter ,a retirada das gorduras trans da dieta (este se refere as gorduras "mas" ou hidrogenadas /transaturadas presentes em foods ,marginas e frituras feitas com óleos vegetais )tem sido fundamental no tratamento da maioria das doenças degenerativas mais comuns ,incluindo a doença de alzheimer .A gordura deve permanecer na dieta ,porém ,somente as naturais que promovem benefícios á saúde como as do azeite de oliva extra virgem ,óleo de coco ,sementes ,ovos caipiras ,salmão e abacate, por exemplo .
O CÉREBRO É COMO UM MÚSCULO
Uma das melhores concepções para entendermos o funcionamento do cérebro é se o vemos como um musculo .Ele é capaz de continuar crescendo ,aprendendo ,se adaptando e gerando mudanças e novos movimentos .Os músculos esqueléticos precisam de exercício para não atrofiarem e o "musculo cerebral" também .Assim como os musculo esqueléticos precisam de atividade "aeróbica ".Pesando em média 1,5quilos ,contendo aproximadamente 100 bilhões de neurônios ,cada um possuindo e movimentando milhares moléculas em intricadas operações ,tamanho potencial precisa ser estimulado ,independente de idade .E,se atendendo suas necessidade ao novo e sempre presente "interesse juvenil ",participando de estimula atividades de aprendizado ,física e lazer ,o risco para a demência geral diminui .Conforme Dr.John.B Medina , Autor do livro Brain Rules ,o simples fato de prestar atenção estimula o cérebro , mas tanto quanto os "outros músculos". , muito exercício pode gerar , a atividade cognitiva tanto na infância e meia -idade quanto na velhice, melhor será para o cérebro .Essas atividades que requerem esforço mental de quem as pratica , podem ser desde palavras cruzadas , leitura jogo de dominó ,esportes ,cursos ,arte, viagens aprender novas línguas ou instrumentos e até o contato com a natureza e convívio social .Cada novo aprendizado ,experiência ,imagem ,som ,cheiro ,sensação de toque ,ou qualquer combinação desses ,cria novas conexões entre os neurônios ,formando novos memórias e capacitando o cérebro para se adaptar a mudanças ,ou seja ,mantendo -se em forma .Ficar em casa fazendo sempre as mesma coisas .
Diante de uma televisão ,afirmando que ,por estar aposentando não queraprender nada novo,é um caminho certo para a atrofia cerebral .O que não é usado ,atrofia .
O CÉREBRO REQUER PREVENÇÃO
Uma das dificuldades maiores em relação ás doenças neurodegenerativas é a detecção precoce do seu desenvolvimento para que medidas sejam tomadas tentando reverter sua progressão .Avanços foram obtidos ,segundo recente estudo publicado pela revista Nature liderado pelo neurologista Dr.Howard Federoff da Georgetown University Medical Center ,em Washington .Os testes duraram cinco anos e foram realizados através da analise de amostras de sangue anual de 525 pessoas com mais de 70 anos .Os resultados identificaram um conjunto de 10 metabólitos de lipídios que distiguiram com alta precisão pessoas cognitivamente saúdaveis das que poderiam mostrar sinais de comprometimento cognitivo futuro ,ou seja ,esses metabólicos estavam presentes em níveis mas altos no sangue da maioria das pessoas. com facilidade para apresentarem ou passarem a desenvolver comprometimento cognitivo. No futuro ,teremos um exame de sangue disponível ,como este descrito acima ,com potencial de prever o desenvolvimento de sintomas de demência .Esta é uma lacuna importante na luta contra a degeneração cerebral ,que geralmente só apresenta sintomas numa fase avançada ,já que várias terapias promissoras foram testadas nos últimos anos ,mas todas falharam na reversão dos quadros graves já estabelecidos .
"PRECISAMOS DESESPERADAMENTE DE BIOMARCADORES ,O QUE PERMITIRIA QUE OS PACIENTES FOSSEM IDENTIFICADOS E RECRUTADOS PARA ENSAIOS ANTES QUE OS SINTOMAS COMECEM A APARECER "
Afirman Simon Lovestone ,neurocientista da Universidade de Oxford,Reino Unido ,e coordenador de uma grande parceria Publico _privada europeia ,realizada como intuito de identificar biomarcadores para a doença de Alzhaimer .
A facilidade de detecção desses metabolitos através de amostras de sangue seria uma grande vantagem ,já que alguns grupos de pesquisadores estão a procura de moléculas presentes no fluido espinhal ou biomarcadores com base em imagens do cérebro ,procedimentos que não são práticos para uso em larga escala -,acrescenta Monique Breteler chefe de epidemiologia do centro alemão de doenças Neurodegenerativas em Bonn.
A grande beleza de estudar o cérebro ,é que quanto mais aprendemos ,mais fascinados ficamos por sua complexidade .O ano de 2014 foi um grande ano para este órgão do pensamento e da coordenação neural com notáveis pesquisas na área da neurociência e muito mais ainda esta por vir. O governo americano abriu um grande fundo de pesquisa com mais de 100 milhões de dólares só para estudar o cérebro .Nunca antes tanto dinheiro foi colocado em uma pesquisa .Enquanto exames , preditores e biomarcadores mais eficazes não estão disponíveis ,devemos usar a prevenção ao nosso favor ,fazendo que já esta ao nosso alcance e comprovado :Alimentação saudável ,sono de qualidade ,atividade física ,regular ,e usar os suplementos já comprovam ajuda da prevenção da atrofia e envelhecimento cerebral .
AJUDAS DA NATUREZA PARA PREVENIR A ATROFIA CEREBRAL
POMEGRANATE (ROMÃ)
A romã contêm níveis elevados de polifenóis ,que são moléculas de origem vegetal com diversos estudos relatando propriedades anti- inflamatórias e neuroprotetoras .Estudos em animais revelam que a suplementação em animais revelam que suplementação de suco de Romã retarda o desenvolvimento da doença de alzhaimer ,uma das principais causas da atrofia .Esta proteção pode estar relacionada com a capacidade dos polifenois da roma em retardar a morte de células cerebrais .
Estudos em humanos demonstraram melhorias significativas em cognição e memória com consumo de 230ml de suco de romã por dia ,e as pesquisas de laboratório com células cerebrais humanas em cultura mostram que os polifenóis da romã protegem as células cerebrais contra as mudanças que ocorrem em outras doenças neurodegenerativas .
RESVERATROL
O resveratrol é um componente importante das uvas vermelhas e algumas outras frutas escuras que tem sido utilizadas na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento ,distúrbios cardiovasculares e outras condições neurológicas .Os pesquisadores também estão explorando seu uso como um neuroprotetor potente contra os efeitos de atrofia cerebral relacionados á obesidade e uma dieta rica em carboidratos .Em pesquisas com animais obesos ,o resveratrol protegeu o tecido cerebral de dano oxidativo e reduziu as lesões de células endoteliais cerebrais .
Isso pose explicar os resultados de um estudo de 2014 que demostrou que em adultos saudáveis com sobrepeso que foram suplementados com resveratrol, houve melhora nas ligações funcionais entre o hipocampo e as áreas frontais do cérebro ,acompanhadas por um melhor desempenho da memória ,bem como um melhor controle de açúcar no sangue, novamente apontado para as complexas interações do metabolismo e desempenho cerebral .
VINPOCETINA
È um fitoterápico derivado da planta vinca minor que em vários Países ,como Japão e Alemanha, é usado como remédio para tratamento de doença cerebrovascular .
MUITOS TRABALHOS DEMONSTRARAM QUE SEU USO MELHORA O FLUXO SANGUINEO CEREBRAL, INIBE A ARTERIOSCLEROSE E AUMENTA O USO DE OXIGÊNIOE GLICOSE PELO CEREBRO .
Num estudo duplo cego ,randomizado ,com 203 pacientes com demência leve a moderada ,foi administrado de 30 a 60 mg de vinpocetina ou placebo .Houve melhora significativa no grupo suplementado na performance cognitiva e redução da severidade da doença .
Para maiores informações telefones (21) 3439-8999 Rio de Janeiro e (43) 3323-8744 Londrina.