O aumento da homocisteína no sangue contribui para as doenças aterotrombóticas vasculares como infarto cardíaco, AVC e também aumento da perda cognitiva por aumento do risco de desenvolver demências como Alzheimer e demência vascular, por isso é um fator de risco importante no estudo preventivo nutrológico e ortomolecular.
Estes mecanismos fisiopatológicos são:
1. Danos tóxicos nas células endoteliais
2. Produção comprometida de óxido nítrico e disfunção do endotélio.
3. Estímulo na proliferação das células do músculo liso.
4. Anormalidades lipídicas, incluindo aumento de triglicerídeos no plasma e aumento na susceptibilidade de oxidação das lipoproteínas de baixa densidade.
5. Aumento da trombogenicidade mediado pelo aumento da aderência das plaquetas e dos fatores de crescimento derivados de plaquetas
O gráfico abaixo mostra o aumento do risco de demência proporcional ao aumento da homocisteína:
Para redução da homocisteína é necessário adequar o aporte de vitaminas como ácido fólico, B 12, vitamina B 6 às necessidades diárias e quando não for possível obter através da alimentação deve-se fazer complementação por via oral ou intramuscular.
Os níveis de homocisteína devem estar abaixo de 108 ou 129 µmol/L nos casos de risco cardiovascular e trombólico e abaixo de 7µmol/L, nos casos de risco perda cognitiva.
A ingestão diária de 800 mcg de ácido fólico pode reduzir em 25% a homocisteína.A suplementação de ácido fólico associado a vitaminas do complexo B reduz os níveis de homocisteína em 25 a 32%7.A deficiência de vitamina B12 é comum e contribui para aumentar a homocisteína, principalmente com o envelhecimento. Deve-se fazer reposição de vitamina B12 e ácido fólico juntos para maximar o efeito de redução da homocisteína.
Pessoas com hiperhomocisteinemia, normalmente apresentam baixos níveis de B6. Doses superiores a 100 mg de B6 deve ser feito com supervisão médica, mas doses de 50 a 100 mg por dia já é suficiente para abaixar a homocisteína. A trimetilglicina ou betaína é um importante agente nutricional na redução da homocisteína em 50%.
A ingestão de óleo de peixe deve ser estimulada pois além dos benefícios que já conhecemos de redução dos triglicerídeos, redução de fibrinogênio, estabilização dos ritmos anormais do coração, também reduz a homocisteína.Exercício físico também deve ser estimulado, contribuindo na redução da homocisteína.
Para saber mais informações sobre nutrologia preventiva e medicina ortomolecular fique a vontade em ligar para a Clínica Higashi tel: 21-3439899 ( Rio de Janeiro) e 43-33238744.
Para mais informações:
1. McCornic DB.Vitamin B 6.In: Bowman BA, Russel RM, eds. Present knowledge in Nutrition. Vol I. Washington, D.C.:Inernational Life Sciences Institute; 2006:269-277
2. Lenlem JE. Vitamin B 6. In: Machlin L, ed. Handbook of Vitamins. New York: Marcel Decker Inc; 1991:341-378
3. Bailey LB, Gregory JF, 3rd. Folate metabolism and requirements. J Nutr. 1999; 129(4):779-782
4. Helbert V. Folic acid. In: Shils M, Oslon JA, Shike M, Ross AC, eds. Nutrition in Health and disease,. 9 th ed. Baltimore; Williams & Wikins; 1999: 433-446
5. Brody T. Nutritional Biochemistry. 2nd ed. San Diego: Academic Press, 1999
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7. Hotoleanu, C. et al. Rom J Intern Med 2007; 45(2): 159-164
8. Castanon MM, et al. Clin Chem Lab Med 2007; 45:232-236
9. Satnger O, et al.Z Kardiol 2004; 93(6): 439-453
Autora: Dra. Andrea Nunes Higashi – Coordenadora de Educação e Pesquisa da Clínica Higashi