Estudos apontam que as mulheres têm duas vezes mais chances de ter a doença de Alzheimer devido a falta de hormônios femininos que pode ocorer após histerectomia total (retirada cirúrgica do útero com ovários) ou mesmo após a menopausa.
Novos estudos mostram que a diminuição dos hormônios femininos podem ser a razão das mulheres terem mais em risco de doença de Alzheimer e a terapia de reposição hormonal poderia ter um efeito protetor.
Inicialmente os estudos de investigação em Doença de Alzheimer concentrava-se em cérebros masculinos apesar das mulheres terem duas vezes mais chances de desenvolver a doença, mas recentemente o foco dos estudos mudaram para o cérebro das mulheres.
Não é nenhum segredo que o cérebro dos homens e os cérebros das mulheres funcionem diferentes e têm riscos diferentes de doenças. Por exemplo, mulheres são mais propensas a sofrer de depressão, mas são menos vulneráveis a alguns tipos de lesões cerebrais em um acidente de carro em relação aos homens.
Antes já se dizia que mulheres têm maior risco de Doença de Alzheimer em relação aos homens mas não se sabia pouco sobre as possíveis fatores associado a este aumento de risco.
A doença de Alzheimer é causada por depósitos de proteínas danificadas na área do córtex cerebral chamada de proteína Beta Amiloide ou emaranhados neurofibrilares, estas proteinas depositadas em áreas do córtex cerebral relacionada a memória é que causam os sintomas da doença de Alzheimer como esquecimentos e alteração do comportamento.
Doença de Alzheimer from Rafael Higashi
Doentes do sexo masculino têm maior quantidade de depósito de proteína beta Amilóide no hipotálamo, uma área central do cérebro que controla a fome, comer e sexo ( 90%) em relação as mulheres (10 %), mas as mulheres têm mais quantidade de depósito de proteínas Beta Amilóide em uma áreas próxima envolvidas no controle da produção de uma neurotransmissor chamado de acetilcolina é por isso que existem diferenças de sintomas e comportamentos na Doença de Alzheimer em relação homens e mulheres.
Onde quer que as placas ou emaranhados estão, os homens parecem ser capazes de lidar com eles melhor – as mulheres podem ter sintomas piores, apesar de terem menos proteína danificado em seus cérebros.
Pesquisadores da Rush University Medical Center, em Chicago mostraram que a mesma quantidade de emaranhados no cérebro causam sintomas mais graves em mulheres em relação aos homens.
Recentemente pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, descobriram que as mulheres que sofrem de Doença de Alzheimer deterioram-se mais rapidamente do que os homens, mesmo quando estão aparentemente no mesmo estágio da doença, sugerindo que os cérebros dos homens são melhores em lidar com os estragos da doença.
Além disso, a pesquisa da Universidade do Kansas descobriram que se voce tem mãe com Alzheimer, isto dobra o risco de você desenvolver a doença em comparação ter um pai com a doença.
O professor Walter Rocca, neurologista e pesquisador da Clínica Mayo, em Minnesota, encontrou algo importante para qualquer mulher que tenha seus ovários removidos ou esteja naturalmente entrando na menopausa. Ele descobriu que quando uma mulher é submetido a uma histerectomia, muitas vezes por causa de miomas, dor e ou menstruação intensa, aumenta-se o risco de Alzheimer em 140%, isto porque os ovários produzem o hormônio feminino estrogênio, e essa falta de hormonio estrogênio também ocorre na menopausa.
O Professor Rocca descobriu que utilzar a terapia hormonal com reposição de estrogênio para mulheres que perderam seus ovários reduz o risco de Alzheimer ao nível de volta ao "normal ".
Muitos médicos têm medo de utilizar terapia hormonal com estrogênio por causa da sua possível ligação com o câncer, mas estudos apontam que os hormônios bioidênticos (hormônios com a mesma estrutura molecular do nosso organismo) utilizado na dose fisiológica com hormônio progesterona (Bioidêntico), não houve aumento do risco de câncer ( na imagem abaixo com circulo em vermelho). É importante também entender que existe janela terapêutica para o uso de terapia hormonal com estrogênio, ou seja, o período aonde existe o maior benefício da terapia hormonal.
Devemos também compreender que existem outros hormônios que podem influênciar a memória da mulher como a função da tireoide baixa que está ligada ao declínio cognitivo e demência.
Mulheres com uma variante específica de um gene chamado ApoE4 tem 50 por cento são mais propensos a desenvolver a doença de Alzheimer, isso foi descoberto há 15 anos e afeta cerca de 20 por cento da população.
É muito importante nos dias atuais que a mulher discuta com seu médico todas as possibilidades de redução do risco de doenças associado ao envelhecimento.
Para maiores informações sobre Terapia Hormonal Bioidêntica e Prevenção Cerebral Nutrológica da Doença de Alzheimer entre em contato com a Clínica Higashi pelos telefones (21) 34398999 Rio de Janeiro ou (43) 33238744 Londrina.
Produzido por:
Andrea Nunes Higashi
Coordenadora de Educação e Pesquisa Clínica Higashi – Terapia Hormonal e Neurologia