DHEA (dehidroepiandrosterona) é um hormônio esteróide produzido pela cortex adrenal, glândula situada logo acima dos rins. Uma vez produzido é metabolizado pelo organismo para outro hormônio chamado androstenediona, sendo este, podendo então ser  transformado num dos principais hormônios masculinos a testosterona e femininos o estrogênio pela via bioquímica hormonal da esteroidogênese. 

 

A secreção diária do hormônio DHEA aproxima de 30 mg no adulto jovem masculina e 20mg do organismo feminino ambos em condições de repouso. Fatores alimentares podem interferir em sua produção por exemplo o consumo de proteínas e gorduras aumentam a sua produção enquanto o carboidrato diminui sua produção.

 

 

esteroidogenese e hormonio dhea.gif

 

 

 

O DHEA é um dos hormônios mais abundantes na corrente sangüínea dos seres humanos, tem um papel fundamental na manutenção do equilíbrio hormonal.

 

O seu pico de produção ocorre em torno de 20 anos de idade, a partir dos 30 anos o organismo passa a reduzir essa produção, isso porque, a produção do hormônio cortisol pela suprarrenal aumenta para uma função catabólica (quebra de proteínas) e, inversamente a produção do hormônio DHEA que tem uma função analógica ( síntese de proteínas) começa a declinar.

 

Para se ter uma ideia aos 40 anos, o organismo passa a produzir metade do DHEA que produzia antes e, com o decorrer da idade a redução só aumenta. A tabela a seguir demonstra os níveis de DHEA encontrados no corpo humano no decorrer dos anos:

 

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E o que acontece quando o nível de DHEA começa a diminuir?

 

A queda dos níveis de DHEA assim como o envelhecimento estão associado em estudos a diversas doenças como: mal de Alzheimer, doenças autoimunes e imunológicas, câncer, diabetes, problemas de memória, obesidade, osteoporose e distúrbios provocados pelo estresse. A reposição ou modulação hormonal com hormônio DHEA pode atuar amenizando alguns aspectos do envelhecimento, quando o organismo deficiente, entretanto, não deve ser visto como "fonte da juventude". 

 

Quais os possíveis benefícios do uso do DHEA no nosso organismo?

 

DHEA tem sido indicado em casos de deficiência aonde há  perda de concentração, desinteresse sexual e baixa imunidade, por exemplo, idosos com osteoporose, podem se beneficiar do DHEA por ele ser precursor androgênico e estrogênico que agem fortalecendo a densidade óssea, também pode ser usado em casos de sua deficiência e sintomas como fadiga crônica, bem como as alergias alimentares com candidíase sistêmica.

 

Em estudos em laboratório o hormônio  DHEA demonstrou ser capaz de proteger os neurônios e de ampliar a sua capacidade de estabelecer aumento das sinapses , assim como potencial na ajuda da Doença de Alzheimer

 

 Muitos atletas usam hormônio DHEA para aumentar a massa muscular, força e energia, entretanto, seu uso não está autorizado em casos de esporte profissional. O DHEA também pode melhorar o bem-estar , sexualidade feminina com  aumento da libido em mulheres com deficiência associado a menopausa.

 

 O DHEA também vem sendo estudado como tratamento complementar do lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose múltipla (MS), baixos níveis de hormônios esteróides (doença de Addison), depressão, esquizofrenia, síndrome da fadiga crônica e a caquexia do paciente com HIV .

 

Associações de níveis satisfatório de DHEA :

 

.  A redução do risco de doença cardíaca;

. A defesa do organismo contra alguns tipos de câncer;

. A Melhora no controle de açúcar no sangue, diminuindo o risco de diabetes;

. Retardo do efeito do estresse  associado ao cortisol;

. Diminui a osteoporose

           

Em suma, vários estudos demonstram que o uso adequado do DHEA, resulta numa melhora na qualidade de vida. Isso porque, os níveis de DHEA no sangue estão altamente correlacionados com a saúde geral, vitalidade, sensação de bem-estar, e maior tolerância ao estresse.

 

Há de se destacar, também, que cada vez mais pacientes com depressão que não querem fazer o uso de antidepressivos tradicionais, recorrem a medicina alternativa optando pelo uso do DHEA, sendo este uma possibilidade de terapia hormonal por ter efeitos antidepressivos. No entanto, é importante destacar que não é aconselhável tomar o DHEA sem uma orientação médica adequada.

 

O DHEA é um hormônio e, portanto, deve ser tomado sob a supervisão de um médico especialista. A necessidade e dosagem deste devem ser determinadas por este, de acordo com uma avaliação pessoal, os sinais, sintomas e exames laboratoriais apresentados pelo paciente e, obviamente, cada caso é um caso, o que pode ser bom para determinado paciente pode não servir para outro.

 

O uso indevido de DHEA ou o uso em doses indiscriminadas podem ser prejudiciais, podendo causar efeitos colaterais, como: acne, pele oleosa, perda de cabelo, vertigem, ginecomastia e ou aumento da próstata em homens e hipotensão. Em algumas mulheres, o DHEA também pode causar mudanças no ciclo menstrual, crescimento de pelos faciais e engrossamento da voz. 

 

Crianças e mulheres grávidas ou lactantes não devem usar o DHEA, somente em caso excepcionais, por isso é recomendado  sempre orientação médica, antes de fazer o uso de qualquer medicamento ou suplementação.

 

A Relação do DHEA e o Envelhecimento

 

Ao envelhecermos nossos níveis de cortisol vão se elevando, ao contrário do hormônio DHEA que diminui e, consequentemente isso contribui ao envelhecimento cerebral, que está associado a redução da capacidade cognitiva, baixa imunidade,  perda de memória, osteoporose, perda de massa magra e etc..

 

"De fato todos iremos envelhecer, mas há uma opção entre envelhecermos com uma boa qualidade de vida ou não"

 

É tão estreita a relação baixa de DHEA/envelhecimento, que este hormônio tem sido utilizado como marcador biológico do envelhecimento, pois níveis baixos são equivalentes a um grau mais avançado de aterosclerose, maior incidência de doença cardiovascular, de tumores malignos, resistência à insulina com propensão a diabetes, declínios cognitivos e doença degenerativa cerebral.

 

Tratamento com DHEA

 

O DHEA pode ser administrado por via oral, na quantidade recomendada pela clínica e deficiência nas dosagens sanguíneas e ou salivares hormonais, sendo eficazmente absorvido pelo estômago e intestino, ou o DHEA sublingual que é rapidamente absorvido através da mucosa oral, sob a língua. Há também na opção de cremes que, por sua vez, são facilmente absorvidos através da pele, seu uso deve ser contínuo, devendo a dosagem e período de uso serem estabelecidas pelo médico especialista em terapia hormonal.

 

Um terço de todos os centros de fertilização in vitro no mundo relataram prescrever DHEA para melhorar as chances de gravidez em mulheres com reserva ovariana diminuída. Assista Dr. Gleicher explicando como o DHEA aumenta as chances de gravidez:

 

 

 

 

 Conclusão

 

O DHEA não nos tornará imortais, no entanto, a sua reposição ou modulação hormonal adequada,  em sua deficiência contribui para qualidade de vida associado no envelhecimento. Lembre-se que, embora, hajam evidências de que o suplemento de DHEA ajuda na qualidade de vida, não deve ser usado de forma indiscriminada, sem orientação médica, já que isso pode trazer graves consequências à sua saúde, não apenas com os efeitos colaterais, mas também com um possível agravamento da condição.

 

Para mais informações sobre deficiência do hormônio DHEA ligar para Clínica Higashi (43) 3323-8744 (Londrina) ou (21) 3439-8999 (Rio de Janeiro).